21 January 2007
Inconstantes são meus versos de paróquia,
Que servem para apaziguar a alma insana.
Por obséquio cala toda chama
E faz brotar lamúrias,
De uma vida atroz.
Rodopiando,
Feito bailarina tonta;
Gastando a sola dos sapatos caros;
Cuspindo mágoas em meus amores;
Vingando o sopro
No que mais desprezo.
Valei-me tudo que acredito
Aquilo que perdura no que ainda vale;
Aquilo que suspeita de minha sobriedade;
Aquilo que pertence ao que faz jus.
Não tenho verbos aos meus atos,
Apenas letras aos meus desmantelos,
Que de algodão entope minhas narinas e sufoca o peito.
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